Arte Informal / Informalismo
A Arte Informal é uma tendência da arte abstrata que se
desenvolveu nos anos 50 na Europa, paralelamente ao Expressionismo Abstrato que
marcou a cultura artística de Nova Iorque. O termoinformal (sem forma) pretende
exprimir a tendência para o abandono de qualquer forma previamente conhecida,
eliminando-se gradualmente os objetos da pintura. Os artistas informais
acreditavamque era possível a comunicação estética através de imagens e de
linguagens totalmente novas e inventadas sem referência a memórias ou vivências
comuns.Distingue-se do ExpressionismoAbstrato pela recusa da referência ao
gestualismo que guarda a memória do artista no momento em que a criou. A
pintura informal é auto-significante e desvaloriza o processo de criação. No
geral,as pinturas caracterizam-se pelas pinceladas livre e pelas camadas
espessas de tinta, explorando as possibilidades expressivas da cor e da luz ou
dos materiais não convencionais, isolados do seucontexto e revelados na sua
essência.
Os trabalhos dos artistas que integram esta corrente,
bastante variados nos meios e expressões, podem ser incluídos em duas
tendências fundamentais: o abstracionismo informal, influenciado
peloautomatismo surrealista e pela improvisação e o tachismo, (do francês
tâche, mancha) que procura acentuar relações cromáticas ou matéricas em grandes
manchas.
Apesar da sua vocação abstracionista, algumas expressões e
alguns artistas informais aproximam-se às vezes de uma figuratividade subtil.
O Informalismo, desenvolvido a partir de Paris, através das
obras de George Mathieu, Jean Dubuffet, Pierre Soulages e Nicolas de Stael,
atingiu outros países europeus. Em Espanha teve comoexpoente o artista Antoni
Tápies e em Itália o pintor Alberto Burri.
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O informalismo é um movimento pictórico que abrange todas as
tendências abstratas e gestuais desenvolvidas na França e o restante da Europa
depois da Segunda Guerra Mundial, em paralelo com o expressionismo abstrato
norte-americano. Dentro de ele distinguem-se diferentes correntes, como a
abstração lírica, a pintura matérica, a nova escola de Paris, o tachismo, o
espacialismo ou a art brut. O crítico da arte francês Michel Tapié cunhou o
termo art autre (arte outra) no livro homônimo, de 1952, sobre a arte abstrata
não geométrica.
Nos Estados Unidos, ao acabar a Segunda Guerra Mundial, as
condições econômicas, políticas e artísticas suscitaram um nova modo de pintar,
impondo-se o expressionismo abstrato entre a nova geração de artistas que
viviam em Nova York, originando duas tendências, a Action Painting encarnada
nomeadamente por Pollock e De Kooning e a Pintura dos campos de cor, com
autores como Barnett Newman e Mark Rothko.
Na mesma época, em Paris, apareceram uma série de artistas
que não representavam a realidade explicitamente. O pós-guerra criou um
ambiente de dúvida, absurdo, falta total de grandes projetos, pelo qual os
artistas não tinham causas pelas quais lutar, de maneira a que se comprometeram
com a própria verdade. Foi o auge da experimentação. Desenvolveram uma estética
abstrata ou "informal" para traduzir os seus sentimentos e
impressões, a sua expressividade.
Numerosas denominações interferem-se entre elas, ao abranger
correntes, movimentos, grupos e subgrupos dentro do qual é, em geral, as
tendências informalistas e matéricas:
a expressão "abstraction lyrique" (Abstração
lírica, foi utilizada pela primeira vez por Jean-José Marchand e Georges
Mathieu na exposição "L'imaginaire" (O imaginário), organizada em
1947; o termo"Abstração lírica" acostuma ser usado9889 sobretudo em
relação a as obras de Wols.
O termo"tachisme" (Tachismo) foi usado pelo
crítico Charles Estienne em 1954, e é o que acostuma ser usado para estas
tendências informalistas na França.
O termo"informalismo" foi utilizado pela primeira
vez por Antoni Tàpies ao falar de "Signifiants de l'informel" (1950)
na nova pintura.1 De "art informel" falou ao ano seguinte (1951) o
crítico de arte Michel Tapié numa exposição sobre o tema "Tendances
extrêmes de la peinture non figurative" (Tendências extremas da pintura
não figurativa). Esta expressão caracteriza, portanto, as práticas pictóricas
abstratas do pós-guerra na Europa, relacionadas ao expressionismo abstrato
norte-americano.
André Malraux apoiou com interesse a arte informal, o mesmo
que Antonin Artaud. Em Argentina conforma-se o Movimento informalista. Fundado
por Kenneth Kemble, Luis Alberto Wells e Alberto Greco, incorporam-se depois
Pucciarelli, Maça, Olga López, Towas e o fotógrafo Jorge Roiger. Realizam em
1959 duas exposições.
Práticas pictóricas
Dentro desta tendência, cada artista, Laurent
Jiménez-Balaguer, deixa toda a liberdade ao imprevisto das matérias (gosto pela
mancha e pelo acaso) e à aleatoriedade do gesto, recusando o desenho e a esta
arte, e o controle, bem como a concepção tradicional da pintura e do seu
desenvolvimento, que vai da ideia à obra terminada, passando pelos rascunhos e
os projetos; é uma obra aberta que o espectador pode ler livremente. A aventura
pictórica é completamente nova: em vez de ir de um significado para
construir signos, o artista começa pela fabricação de signos e dá a seguir o
senso. A contribuição da música produziu a arte informal musical.
Características plásticas desta pintura são: a
espontaneidade do gesto, o automatismo, o emprego expressivo da matéria,
inexistência de ideias preconcebidas, a experiência do feito faz nascer a
ideia, a obra é o lugar e o momento privilegiado em que o artista se descobre;
é o final da reprodução do objeto para a representação do tema que se torna na
finalidade da pintura, com um aspecto às vezes caligráfico, podendo falar-se de
uma "Abstração caligráfica" em relação a a obra de Georges Mathieu,
Laurent Jiménez-Balaguer Hans Hartung ou Pierre Soulages.
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